SINDIMACO REINVINDICA A MANUTENÇÃO DA ALIQUOTA DE 17% DO ICMS EM GOIÁS
O pedido do Sindimaco ganha apoio da Fecomércio para dialogar com o governo de Goiás no sentido de sensibilizar o Estado a retroceder na decisão sobre o ICMS. Em entrevista ao Sindimaco Informa, a presidente Irma Fernandes reforça a união de todos do varejo afetados com a alteração.

Sindimaco Informa: Presidente Irma Fernandes, quais as ações já iniciadas para a abertura de diálogo com o governo de Goiás?
Irma Fernandes: Primeiramente estou acompanhando de perto movimentações feitas por outros estados como o Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo que recuaram nas propostas e mantiveram a alíquota anterior, e também os da Região Centro-Oeste como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – que mantiveram a alíquota de 17%. Esse movimento aconteceu porque esses Estados avaliaram um ponto da Reforma Tributária que dava um novo formato para a partilha do produto arrecadado por meio do IBS (um novo imposto), esse fundamento foi excluído do texto final.
Diante disso apresentei à Fecomércio os argumentos sobre o aumento da alíquota e venho falando em reuniões da diretoria colegiada Sindimaco e em comunicados com a base, que é preciso argumentar com o governo estadual.
Vejam bem, o que inicialmente parecia ser um aumento de apenas 2,00% no ICMS contará no preço final ao consumidor um aumento de 16,15%.
Isso, por sua vez, gera efeito cascata e em um aumento de preço para o consumidor final. Dados que estão em nosso Sindimaco Informa e que ganharam o apoio da Fecomércio. O presidente Marcelo Baiocchi está buscando agenda junto ao governador Ronaldo Caiado para tratarmos o assunto. (Fonte para o percentual: https://simtax.com.br/aumento-da-aliquota-de-icms-em-goias-em-2024/ )
Sindimaco Informa: Qual o principal argumento que será apresentado ao governador?
Irma Fernandes: Primeiro que o aumento na alíquota não tem mais sustentação nas decisões tomadas para se fazer a Reforma Tributária, segundo o efeito cascata que esse aumento já está provocando na indústria e que afetará no valor que chega ao empresário e por fim ao consumidor final.
A indústria goiana de tintas Leinertex já sente os efeitos do aumento em matéria-prima, como a resina e derivados, e o aumento em cascata será entre 4% e 6%, passando a valer a partir de 20 de abril. O que vemos é isso, e queremos mostrar que é só o começo, sendo a melhor decisão reverter para que a economia ganhe em giro sem prejuízo a quem está produzindo, vendendo e nem para quem vai comprar.
Sindimaco Informa: Existe já uma previsão para esse encontro e apresentação de números?
Irma Fernandes: Estamos acompanhando essa agenda junto à Fecomércio e eu também tenho falado com autoridades para que esse entendimento seja amplo e ganhe apoio. Importante deixar ao lojista esse recado: não estamos parados e vamos atuar até que nossa voz seja ouvida.
