DESENROLA BRASIL, PARCELAMENTO NO CARTÃO DE CRÉDITO- SINDIMACO ESCLARECE PONTOS DE ATENÇÃO!
A inadimplência acendeu sinal de alerta para juros cobrados por operadoras quando não há cumprimento do pagamento, refletindo em queda nas vendas do varejo.
O rotativo se tornou uma preocupação para o governo, a Febraban, Banco Central e operadoras de cartão. Em setembro o Brasil registrou diminuição nas vendas do varejo diante da inadimplência registrada. O índice nacional é de cerca de 30% para o não pagamento de parcelas via cartão de crédito. Os juros cobrados, quando o cliente deixa de pagar o valor acordado, têm taxas entre 9% a 14% a depender da instituição.
Na visão dos bancos quando o consumidor tem acesso a um parcelamento muito prolongado, acima de 10 prestações sem juros, esse facilitador pode ser um fator para o não pagamento das parcelas no cartão pela ausência de planejamento orçamentário; ação que leva ao rotativo.
Dúvidas no cenário atual- É o fim do rotativo?
Não há um entendimento entre governo, Febraban, Banco Central e operadoras de cartão e a Frente Parlamentar Varejista para o fim do parcelamento. Para o sistema bancário, essa possibilidade impede a política de crédito com efeito direto nas vendas do varejo e aos ganhos bancários. Por isso a importância da participação do varejo brasileiro nas discussões.
A inadimplência foi o ponto inicial para o programa “Desenrola Brasil”, criado pela lei 14.690/23. Oferece a renegociação de dívidas para negativados com dívidas de R$ 100, 00 para pessoas com ganho de até R$ 2 mil, e com descontos especiais. Não é o cancelamento ou suspensão da dívida;
- Para o sistema rotativo no cartão de crédito há alterações sendo estudadas para uma administração da modalidade e com debates sobre se haverá cobrança de juros pelas instituições bancárias para o devedor. Nada definido por enquanto por não haver consenso entre governo, Febraban, Banco Central e operadoras de cartão e a Frente Parlamentar Varejista.

Dados do SERASA:
Inadimplência no Brasil: 71 milhões de pessoas inadimplentes
Total da dívida no Brasil: R$ 355 bilhões – 30% desse valor das dívidas são de compras no cartão de crédito, rotativo que está com os bancos. Para os bancos, esse risco da inadimplência não deve ficar com as instituições bancárias.
Importante: A argumentação do sistema bancário não se sustenta visto que o varejo, os lojistas- bancam as compras, pagando as taxas das compras realizadas em cartões de crédito e débito.
A Dra. Ana Luiza Sousa Mendes faz um alerta para a alta cobrança de juros e qual classe é atingida. “Uma conta de 1 mil reais não paga no período de 12 meses tem ao final uma dívida de 5 mil Reais, uma taxa 435% de juros ao ano. “A classe “C” é a mais atingida por ser uma classe de consumo que depende muito do crédito parcelado. Diante dos juros ela desiste de pagar e aumenta a inadimplência”.
A taxa pretendida em debates desses atores é de 9% ao mês com 80% ao ano, o que na avaliação da professora ainda é muito alta. Outro ponto levantado e a taxa SELIC que continua muito alta, na casa dos 12,75%. Comparada com outros países a taxa precisa ser melhorada para estimular vendas.
TAXAS MUNDIAIS:
Brasil…12,75% |
EUA….5,25% |
Reino Unido….5,25% |
Banco Central Europeu….4% |
“Entendemos que limitar vendas e ou limitar parcelamento sem juros vai reduzir vendas no varejo. No Brasil o que determina uma compra é o crédito que é ofertado. Nossa atuação em Brasília deve mostrar todos os pontos que o varejo enfrenta para impulsionar a economia”, disse Irma Fernandes, presidente do Sindimaco.
